Você pode estar sentado em US$ 9 bilhões e nem sabe! A digitalização de pequenas e médias empresas poderá acrescentar US$ 9 bilhões ao PIB brasileiro até 2024.
E quem disse foi o presidente do Banco Internacional de Desenvolvimento , Mauricio Claver-Carone, na última semana. Maurício, na verdade, citou uma pesquisa lançada pelo IDC no ano passado. De acordo com este estudo, se considerando a digitalização das PMEs dos Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Chile, Reino Unido, Alemanha e França, a economia global poderia crescer US$ 2,3 trilhões até 2024.
Ou seja, só pelo poder das PMEs digitalizadas, as economias desses países poderiam crescer 5,5% com uma taxa de crescimento 42% mais rápida. A razão você já deve saber: as PMEs são a base da nossa economia. Só na América Latina, elas representam 80% dos empregos criados por aqui. A digitalização dessas empresas é diretamente ligada ao crescimento do mercado como um todo.
No Brasil, as micro e pequenas empresas representam 30% do PIB, segundo dados mais atuais do Sebrae. Os pequenos negócios são responsáveis por mais da metade dos empregos formais no país, concentrados principalmente nas atividades de Comércio e de Serviços. As micro e pequenas empresas representavam, em 2017 (ano analisado pelo estudo), 66% dos empregos no Comércio, 48% nos Serviços e 43% na Indústria.
Mas o que isso significa?
Para ter uma ideia, um levantamento feito pela consultoria Newzoo mostra que o Brasil tem aproximadamente 109 milhões de usuários de smartphones atualmente, isso corresponde a mais da metade da população. Esse número leva o país para quinto lugar no ranking global com maior número de usuários desses aparelhos. Se esse número já parece muito quando incluímos dispositivos digitais como – computador, notebook, tablet e smartphone – o resultados chega a 424 milhões ativos no Brasil. E isso só agora, certo? Mas quando pensamos no futuro a estimativa de pesquisas caminham para que cerca de 7,7 bilhões de smartphones estarão ativos no mundo em cinco anos.
Isso tudo mostra como as oportunidades de negócios estão mudando. A pandemia acelerou o processo de digitalização para alguns comércios e talvez aquela vitrine física de uma loja, seja a tela de um celular agora.
Digitalização a dois cliques
E, se os smartphones estão tão presentes no nosso dia a dia que a gente já chama só de celular mesmo, isso acontece também com as empresas. Cada vez mais, companhias estão sendo abertas apenas pela tela do celular e é para esse dispositivo que os empreendedores olham na hora de conversar com seus clientes. Se junta a tudo isso a outra tendência que estamos vendo: a tecnologia “no code/low code”.
Por causa do celular, os próprios programas que usamos se tornaram mais simples. Quem nunca usou um “arraste e coloque aqui”, ou aplicou o filtro em uma imagem? Esses são exemplos bem simples do que é o no code: uma forma de se personalizar um produto digital sem precisar usar códigos. O desenvolvimento global de tecnologia “low-code” deve crescer 22,6% em 2021, movimentando algo próximo a US$ 14 bilhões. Outros dados mostram que, em 2024, 80% dos produtos e serviços de TI serão construídos por pessoas que não são profissionais de tecnologia.
Se juntar as duas pontas dos bilhões de dólares, a gente consegue chegar no resultado: a sua empresa mais digital, mais produtiva e o país ganhando alguns “trocados” com esse crescimento.